Até então, o Brasil era conhecido pelo restante do mundo como o país do Carnaval: repleto de festa, música, arte, cultura e diversidade.
Em meio a tantas crises econômicas, sociais e políticas, os turistas e os próprios brasileiros ainda encontravam acolhimento nas paisagens verdes do nosso país.
Um país cheio de vida. Vida. É sobre isso que iremos falar hoje.
Passamos a média dos nossos 70 anos de vida buscando nada mais, nada menos, do que estabilidade financeira para realizarmos nossos sonhos e darmos condições melhores para aqueles que amamos.
Há quem diga que dinheiro não traz felicidade. Convenhamos: traz sim!
Traz sim até com ponto de exclamação, para dar a ênfase que merece.
A sensação de alívio por ver as contas pagas e dinheiro sobrando no final do mês (por mais que seja a realidade de pouquíssimos brasileiros), é indescritível de tão gostosa.
Por outro lado, cultivamos o hábito de esquecer a fonte das coisas. Consumimos sem parar. Preferimos o rápido. O pronto. O industrializado. O mais dinâmico e lucrativo.
E ignorar a fonte de tudo: da onde vem, como vem, como é preservado… Pode ter um preço alto.
Quanto custa a sua vida? Qual é o preço da vida daqueles que você ama? Acredito que independente da quantidade de zeros, o resultado é o mesmo: infinito. Impagável.
Quando ignoramos o excesso de desmatamento, quando jogamos lixo nas ruas, quando não nos interessamos em saber o que está acontecendo com a fonte, o início da vida (aquela tal de fotossíntese, que escutamos durante todo o nosso Ensino Fundamental), estamos nos matando aos poucos.
Matando também aqueles que amamos.
A responsabilidade é nossa. O nosso país está perdendo a vida. Respiramos Amazônia. Só não sabemos até quando.